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Outubro 2025

A AssinaCURA de outubro chegou e esta edição está realmente especial.

O Queijo Padrão Dom Carmelo traz o sabor clássico reinventado: massa firme e sabor equilibrado para o seu café da manhã. Sua melhor versão vai ser depois de 20 dias guardados na geladeira em sua embalagem original. A cada dia que passa, fica mais cremoso.

O Sol do Japi, da Pé do Morro, é um queijo surpreendente no paladar pelo equilíbrio entre dulçor e notas amendoadas e de carne. Um queijo delicado para comer apreciando cada detalhe dos seus 5 meses de maturação.

Já o Picu, entrega uma massa elástica, com leve dulçor, sendo um queijo curinga para culinária ou para tábua de frios pois sua combinação de cores, e olhaduras perfeitamente formadas deixa a experiência ainda mais encantadora.

Fechando o quarteto, o Âmbar, da Velho Pitta, impressiona pela cor dourada e pelo sabor fruta e com notas que lembram castanhas e caramelo. É um queijo de presença, que combina muito bem com melado de cana, aceto balsâmico reduzido ou mesmo cebola caramelizada.

Para harmonizar, a geleia de damasco com amêndoas e Cointreau, da Delichat, traz textura, além de um toque adocicado e cítrico perfeito para equilibrar os queijos. E a Manteiga Real completa a experiência com sua textura cremosa e sabor inconfundível, tornando seu café da manhã ainda mais especial.

Conheça os queijos desta edição

Queijo Sol – Queijaria Pé do Morro

O Queijo Sol, também conhecido como Sol do Japi, é um dos grandes destaques da Queijaria Pé do Morro, localizada em Cabreúva, aos pés da Serra do Japi, no interior de São Paulo. A Pé do Morro foi fundada em 2016 por Érico Kolya no Sítio 7 Luas, e desde então se consolidou como uma das queijarias artesanais mais expressivas do estado. A produção é familiar e artesanal, com forte inspiração nos queijos de montanha europeus — especialmente suíços e alemães —, mas com adaptação cuidadosa ao terroir brasileiro. O resultado é uma linha de queijos que reflete a flora e o clima da Serra do Japi, além das características do leite local, proveniente de vacas das raças Jersey e Pardo-Suíço criadas em propriedades próximas, reconhecidas pela alta qualidade e teor de gordura do leite.

O Queijo Sol é elaborado a partir de leite de vaca pasteurizado e segue o método de massa cozida ou semi-cozida, técnica que confere textura firme e estrutura elástica à peça. Durante o processo, a coalhada recebe aquecimento controlado, que influencia diretamente na densidade e no comportamento da massa ao longo da maturação. O período mínimo de cura é de três meses, mas o queijo pode ser mantido por seis, nove ou até doze meses, dependendo do perfil desejado. Essa maturação ocorre em câmaras com temperatura e umidade cuidadosamente controladas, permitindo o desenvolvimento de uma flora microbiana característica da região e o surgimento de sabores complexos e aromas refinados.

O Sol do Japi é inspirado em queijos de montanha como Comté, Gruyère e Emmental, mas suas nuances são completamente brasileiras. A casca é natural, sem lavagens frequentes ou adição de corantes, e o interior apresenta um tom amarelo-claro a marfim, de corte limpo e homogêneo, raramente com olhaduras. A textura é firme, mas não excessivamente dura, e se torna mais macia e untuosa conforme o tempo de maturação aumenta. No paladar, revela um equilíbrio notável entre suavidade e intensidade. As notas iniciais são levemente adocicadas e amanteigadas, evoluindo para sabores mais complexos, com toques de castanhas, frutas secas e um final que pode lembrar caramelo ou amêndoas tostadas. O sal é moderado e a persistência de sabor é longa e agradável. O aroma segue a mesma harmonia: notas lácteas e de manteiga fresca se combinam com sugestões de feno, leite quente e frutos secos, variando conforme a maturação.

Por conta dessas características, o Queijo Sol é versátil e pode ser apreciado puro, em tábuas de queijos ou em preparações culinárias mais elaboradas. Harmoniza de forma excelente com vinhos brancos aromáticos, como Sauvignon Blanc e Riesling, além de espumantes secos que ressaltam sua untuosidade. Entre os tintos, combina bem com Merlot e Pinot Noir, que equilibram a delicadeza do queijo sem sobrepor seu sabor. Também se mostra uma excelente companhia para cervejas maltadas e de baixa acidez, como Brown Ale, Amber Ale, Bock ou Doppelbock. Para acompanhar, frutas frescas ou secas, nozes, pães rústicos e geleias de sabor suave ajudam a realçar suas notas mais finas.

O queijo Sol recebeu reconhecimento em concursos nacionais de queijos artesanais, conquistando medalhas, inclusive no Mundial do Queijo Brasil, onde se destacou entre os melhores do país. Essa premiação reflete não apenas a qualidade técnica do produto, mas também o compromisso da Queijaria Pé do Morro com a valorização do leite, do produtor e do território. O Sol do Japi é um exemplo claro da maturidade da queijaria paulista contemporânea: um queijo que nasce de referências europeias, mas assume identidade própria ao expressar a natureza e o clima da Serra do Japi.

Para conservação ideal, recomenda-se mantê-lo refrigerado e, após aberto, envolvê-lo em filme plástico ou guardá-lo em recipiente fechado, evitando o ressecamento. Antes de servir, o ideal é deixá-lo em temperatura ambiente por cerca de 20 a 30 minutos, permitindo que recupere sua textura e libere plenamente seus aromas.

Mais do que um produto gastronômico, o Sol do Japi representa um capítulo importante da cultura queijeira brasileira. É o encontro entre técnica e terroir, entre tradição europeia e expressão local, resultando em um queijo que honra o nome que carrega: intenso, luminoso e cheio de vida, como o sol que nasce todos os dias sobre as colinas da Serra do Japi.

Picu

O Queijo Picu, produzido artesanalmente pela Família Perroni em Itamonte, na Serra da Mantiqueira mineira, é uma das expressões mais autênticas do novo momento dos queijos artesanais no Brasil. Seu nome é uma homenagem à Pedra do Picu, formação rochosa emblemática da região, que simboliza a força e a beleza natural da Mantiqueira. Mais do que um produto, este queijo é o resultado da busca da família por uma identidade própria: uma peça autoral que carrega as características do terroir local e a assinatura de quem domina cada etapa do processo, desde o manejo do gado até a cuidadosa cura das peças.

Inspirado nos queijos de estilo Gouda, o Picu foi magistralmente reinterpretado segundo as condições climáticas e o perfil do leite produzido nas montanhas de Itamonte. Utilizando leite cru de vacas do próprio rebanho da fazenda, a produção respeita o tempo e a natureza, resultando em um queijo que se destaca. Sua textura é macia e cremosa, o aroma é deliciosamente amanteigado e o sabor é perfeitamente equilibrado, combinando uma suavidade inicial com nuances sutis e persistentes. A maturação dedicada realça seu caráter lácteo e a leve doçura natural, sem abrir mão da complexidade que o distingue entre os queijos mineiros contemporâneos.

A Perroni Queijos, com mais de 30 anos de história, é uma empresa familiar reconhecida por unir tradição, técnica e constante inovação. O reconhecimento de todo esse trabalho veio com a conquista da medalha de prata na ExpoQueijo Brasil, reforçando o prestígio do Picu entre especialistas e consumidores exigentes. Este queijo representa a harmonia entre o território, o trabalho e a sensibilidade do produtor. É, em essência, um queijo que traduz o espírito da Mantiqueira — suave, porém marcante — e reafirma o papel de Minas Gerais na produção de queijos artesanais de excelência.

Padrão – Dom Carmelo

Produzido em Itamonte, na Serra da Mantiqueira, o Queijo Minas Padrão Dom Carmelo nasce na Fazenda Capoeira Grande, com leite fresco da própria fazenda, sob rigoroso controle de qualidade e seguindo os protocolos do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Idealizado pelos irmãos Alexandre e Renato — filhos do Sr. Carmelo — esse queijo tem uma origem familiar, que expressa desde o cuidado com o animal até a escolha do pasto e o manejo da ordenha.

Sua textura é macia, de massa semi-cozida, que derrete levemente na boca, com sabor suave e uma acidez delicada que remete ao frescor da fazenda. O Dom Carmelo Minas Padrão é versátil: ótimo para sanduíches, tábuas de frios, ou mesmo grelhado na frigideira — sempre combinando um perfil tradicional com apelo contemporâneo ao paladar mais exigente.

Esse queijo já conquistou reconhecimento em concursos importantes. Ele foi medalha de ouro no Concurso de Araxá em 2022, o que demonstrou que a qualidade e sabor encantadores que chegam ao consumidor são também reconhecidos tecnicamente.

Além disso, o Dom Carmelo também foi agraciado no Prêmio Queijo Brasil com medalhas por sua linha Meia-Cura, o que reforça a capacidade da queijaria de equilibrar tradição, consistência e inovação.

Produzido a partir de rebanho majoritariamente Girolando, cuidadosamente alimentado e criado com bem-estar, o processo produtivo valoriza tanto a matéria-prima quanto as condições naturais da Mantiqueira — altitude elevada, clima ameno e solo de montanha — tudo isso palpável no aroma, no frescor do leite e no sabor do queijo.

O Queijo Minas Padrão Dom Carmelo consegue ser, ao mesmo tempo, um clássico confortante de mesa mineira — sabor de roça, calor humano, tradição — e uma escolha refinada para quem busca queijos autênticos, feitos com alma. Um pedaço desse queijo acompanhando um café especial, um pão caseiro fresco ou acompanhado de geleias combina perfeitamente com o que há de melhor da culinária de Minas.

Queijo Âmbar – Velho Pitta

Produzido na Serra da Mantiqueira, em Itamonte (MG), o Queijo Âmbar é uma das joias da Queijaria Velho Pitta, e conduzida por Gustavo José Pitta Pinheiro e Bianca Lamenha. Feito com leite cru de vacas holandesas criadas soltas a pasto, o Âmbar expressa com fidelidade o terroir de montanha, onde o clima e a vegetação conferem aromas e sabores únicos ao leite. Maturado entre 100 e 180 dias, apresenta textura firme, ideal para cortes precisos ou para ser ralado sobre massas e risotos. Seu sabor traz notas frutadas e amendoado, com sal equilibrado e aroma delicado, evocando a complexidade dos queijos de média maturação.

O nome “Âmbar” remete à ideia de preciosidade, alinhado à identidade da Velho Pitta, que nomeia seus queijos como se fossem pedras raras — um reflexo do cuidado artesanal e da valorização de cada etapa do processo. O queijo conquistou importantes reconhecimentos, como a medalha de ouro na Expoqueijo 2023, em Araxá, e a prata no Mundial do Queijo 2024, em São Paulo, confirmando seu destaque entre os queijos artesanais brasileiros de leite cru. A queijaria faz parte do programa ATeG, do Senar/MG, que oferece suporte técnico e gerencial a produtores e tem contribuído para o aprimoramento constante da qualidade.

Com sua personalidade equilibrada e aromas elegantes, o Queijo Âmbar é uma escolha versátil, que brilha tanto em tábuas de degustação quanto em receitas elaboradas. Harmoniza bem com vinhos tintos leves ou médios e com cervejas artesanais de perfil mais suave, além de combinar de forma deliciosa com pães rústicos, frutas secas e geleias cítricas, como a de laranja, que ressaltam seu perfil frutado e amendoado.

Acompanhamentos

Para completar, a gente ainda mandou uma Manteiga Real e uma geleia de damasco com amêndoas Cointreau.

Receita: Batatas Gratinadas com Queijo Picu

Ingredientes

Um prato simples, reconfortante e irresistível, as batatas gratinadas ganham uma nova dimensão quando preparadas com queijo Picu. O resultado é um gratinado cremoso por dentro, dourado por fora e cheio de sabor, perfeito para acompanhar carnes, aves ou ser servido sozinho, como uma refeição leve e elegante.

Serve 4 pessoas:

  • 4 batatas médias
  • 1 xícara de creme de leite fresco (ou ½ xícara de leite + ½ xícara de creme de leite comum)
  • 1 dente de alho picado ou amassado
  • 1 xícara bem cheia de queijo Picu ralado grosso
  • 1 colher (sopa) de manteiga (para untar o refratário)
  • Sal, pimenta-do-reino e noz-moscada ralada na hora a gosto

Preparo

Comece descascando as batatas e cortando-as em rodelas finas — cerca de 3 milímetros de espessura é o ideal para que cozinhem por igual. Coloque-as em uma panela com água e uma pitada de sal e leve ao fogo por cerca de 5 minutos, apenas para dar uma leve pré-cozida. Escorra e reserve.

Unte um refratário médio com manteiga e espalhe um pouco do alho picado no fundo, para perfumar o prato. Em seguida, monte camadas alternadas de batata, creme de leite e queijo Picu ralado, temperando cada camada com uma pitada de sal, pimenta e noz-moscada. Repita o processo até terminar os ingredientes, finalizando com uma camada generosa de queijo Picu por cima.

Leve ao forno preaquecido a 200 °C por aproximadamente 35 a 40 minutos, até que o queijo esteja derretido, borbulhante e dourado na superfície. Retire e deixe repousar por alguns minutos antes de servir — esse tempo permite que o gratinado firme e os sabores se integrem ainda mais.

O resultado é um prato cremoso, aromático e profundamente saboroso. O Picu, com seu toque levemente adocicado e notas amanteigadas, envolve as batatas e cria uma crosta dourada irresistível. Sirva com carnes grelhadas.

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