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setembro 2025

A AssinaCURA de setembro chegou trazendo queijos surpreendentes para atender às expectativas dos apreciadores mais exigentes.

Nesta seleção, estão queijos de queijarias que já foram reconhecidas como as melhores de seus estados pelo Prêmio Queijo Brasil.

A primeira e grande novidade desta edição é o Queijo do Marajó, produzido pela Fazenda São Victor, no Pará. Um queijo de leite de búfala absolutamente cremoso e amanteigado — excelente para substituir outros queijos cremosos em receitas ou, simplesmente, criar uma explosão de sabor ao ser combinado com o doce de leite Senador que acompanha o kit.

O Capão Grande é um queijo emblemático da Serra da Canastra, com sabor suave que o torna excepcional desde o café da manhã, acompanhado de pães e ovos — e, por que não, com a geleia de frutas vermelhas da Conditto? Ideal para aqueles cafés da manhã em que a gente não quer sair da mesa.

O Soberano Reserva é um queijo inspirado no Gruyère, mas em uma versão mais maturada. Nesta edição, trouxemos uma versão com maturação ainda maior do que os tradicionais 6 meses, que revela notas mais intensas, harmonizando perfeitamente com vinhos amadeirados e cervejas mais adocicadas. Destacam-se as notas de caldo de carne, que podem vir acompanhadas dos cristais de tirosina, elevando a experiência em boca.

E, por fim, o premiado Mantiqueira de Minas Capa Preta, do Capril da Serra: um queijo com notas frutadas, ótimo para dias mais quentes, especialmente se acompanhado de bebidas leves e refrescantes.

Conheça os queijos desta edição

Queijo do Marajó – Fazenda São Victor

Produzido na Ilha do Marajó, no Pará, o Queijo do Marajó da Fazenda São Victor é um produto artesanal de excelência que combina tradição centenária que vem conquistando reconhecimento nacional e internacional nos últimos anos. Elaborado exclusivamente com leite cru de búfala, o queijo é símbolo da cultura marajoara e uma das maiores expressões da queijaria artesanal brasileira.

A Fazenda São Victor está localizada no município de Salvaterra, na Ilha do Marajó, e mantém viva a tradição familiar da bubalinocultura, com raízes que remontam a mais de 200 anos. A produção formal do queijo foi iniciada pelo casal Marcus e Cecília Pinheiro, que transformaram o saber ancestral em um negócio de referência.

O queijo é produzido de forma 100% artesanal, utilizando apenas leite cru de búfala, coalho natural e sem adição de conservantes ou produtos industrializados. A Fazenda trabalha com processos sustentáveis e respeita os ritmos da natureza e dos animais.

O Queijo do Marajó tipo creme é conhecido por sua textura macia, untuosa e por derreter na boca. Entre suas principais características, destacam-se a textura cremosa, firme e homogênea, sem casca pronunciada; sabor suave e delicado, com notas lácteas marcantes; aroma fresco, característico do leite de búfala e cor branca e uniforme.

O Queijo do Marajó da Fazenda São Victor já conquistou diversos prêmios em concursos nacionais e internacionais, o que comprova sua qualidade e autenticidade. Entre os principais destaques:

2017: Medalha de Bronze no Prêmio Queijo Brasil; Medalha de Ouro no Encontro Nacional de Criadores de Búfalo;
2018: Medalha Super Ouro no Prêmio Queijo Brasil;
2019: Medalha de Ouro no Prêmio Queijo Brasil e Medalha de Prata no Mondial du Fromage (França);
2021: Medalha de Bronze no Mondial du Fromage (França);
2023: Medalha de Ouro no VI Prêmio Queijo Brasil;
2024: Medalha de Prata no VII Prêmio Queijo Brasil;
2025: Medalha de Ouro no VIII Prêmio Queijo Brasil e reconhecimento como a Melhor Queijaria do Pará.

Em março de 2023, o queijo recebeu a Indicação Geográfica (IG) do INPI na categoria Indicação de Procedência (IP), garantindo que apenas produtores da Ilha do Marajó possam utilizar o nome “Queijo do Marajó” em seus produtos. Esse reconhecimento valoriza o saber local, protege o patrimônio cultural e fortalece a economia regional.

O Queijo do Marajó representa uma herança cultural viva da região amazônica. Seu modo de fazer é passado de geração em geração e reflete a identidade de um povo que vive em harmonia com a terra, os animais e as águas do Marajó.

Com todo esse destaque, o queijo da Fazenda São Victor se consolida como um dos melhores queijos artesanais do Brasil — e reconhecidamente um dos grandes ícones da gastronomia amazônica.

Queijo Soberano Reserva – Bela Fazenda

O Queijo Soberano Reserva, produzido pela Bela Fazenda, em Bofete (interior de São Paulo), destaca-se como um exemplar de alta maturação e sabor marcante dentro do universo dos queijos artesanais brasileiros.

A queijaria Bela Fazenda foi fundada em 2017 por Carolina Vilhena, veterinária, que decidiu dedicar-se ao ofício de fazer queijos artesanais, com forte inspiração europeia, principalmente queijos ingleses e suiços.

Produzido com leite de vacas da raça Jersey, de criação própria, com especial atenção ao manejo, alimentação e fermentação.

A versão que chega à você tem maturação média de 9 meses, o que torna o Soberano Reserva uma versão bem mais intensa do que sua versão jovem. Apresenta textura dura, com consistência firme e quebradiça proporcionada pelos 9 meses de maturação. Pode-se sentir também cristais de tirosina distribuídos ao longo de sua massa. O sabor é marcante e picante, com intensidade potente; notas complexas de madeira, castanhas, herbal, carne curada, cebola caramelizada e que podem remeter a sabores de montanha, principalmente ao Gruyère maturado, que tem rara comercialização no Brasil.

Com amplo reconhecimento em concursos e festivais de queijo mundo afora o Soberano já conquistou medalhas no Mundial do Queijo do Brasil, também conquistou Ouro no Prêmio Queijo Brasil.

Devido ao sabor intenso e textura firme, o Soberano Reserva se destaca quando servido em temperatura ambiente, o que permite que seus aromas e sabores se expressem plenamente.

Harmoniza muito bem com bebidas que têm corpo ou notas fortes, como vinhos tintos mais encorpados ou cervejas com notas adocicadas e amadeiradas.

O Queijo Soberano Reserva representa um exemplo de queijo artesanal brasileiro que vai além do “queijo local” ou “queijo de fazenda”: ele expressa maturação, identidade de fazenda, controle de matéria‑prima, e reconhecimento formal por meio de prêmios. Isso contribui para valorizar os produtores artesanais, diversificar o paladar do consumidor, e fortalecer a cadeia de queijos finos no Brasil.

Queijo Canastra Capão Grande – Fazenda Capão Grande

O Queijo Canastra Capão Grande é uma expressão genuína da tradição mineira, produzido na Fazenda Capão Grande, em São Roque de Minas, na Serra da Canastra (Minas Gerais). Este queijo reúne história de família, ingredientes naturais e técnicas artesanais que valorizam o terroir local.

A Fazenda Capão Grande está ativa na produção de queijos desde 1944; a tradição já passa por várias gerações da família de Carlos Henrique e Solange.

A localização, encrustada no coração da Serra da Canastra, com clima de montanha, pastagem natural e altitude, contribui para as características únicas do queijo que é produzido com leite cru de vaca criadas livre no pasto.

É um queijo de casca lisa, amarelo‑ouro, podendo apresentar resquícios de mofo branco típico da maturação artesanal, o que o torna ainda mais especial. Esses mofos são mais presentes nas épocas mais chuvosas. Interior branco, macio e amanteigado quando a maturação até 20/22 dias. Em peças mais curadas, o sabor pode se intensificar, ficando mais encorpado. Sabor lácteo bem evidente com acidez muito equilibrada. Tem textura maciez interna sendo quase imperceptível a diferença entre casca e massa representando bem o estilo “Canastra tradicional meia‑cura / cura leve”.

Dentre as principais conquistas em concursos de queijos, estão a Medalha de Ouro no Mundial do Queijo do Brasil.

Ouro no Mundial do Queijo e Medalha de Prata no Mondial du Fromage (França), em 2019. Sendo inclusive reconhecida como a melhor queijaria de Minas Gerais.

A produção familiar, o uso de técnicas artesanais e o respeito às práticas tradicionais reforçam o valor cultural desse queijo para Minas Gerais.

Capa Preta – Capril da Serra

O produtor Tiago traz uma grande variedade de produtos em seu portfólio. Lá em Itamonte/MG ele produz queijos de vaca, cabra e diversos produtos da sua truticultura. Um dos destaques, porém, é o queijo capa preta que foi medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil 2025. Além dele, o produtor ainda abocanhou mais 5 medalhas no concurso.

Ainda em 2025 conquistou medalhas no concurso estadual de queijos e no Festival de Queijos de Itamonte.

Um queijo para se comer puro na tabua de frios. Ele é versátil para acompanhar bebidas frias e refrescantes, desde cerveja, vinhos brancos e drinks, de preferência frutados.

Acompanhamentos

Para completar, a gente ainda mandou um doce de leite Senador e uma geleia de frutas vermelhas da Conditto.

Receita: Torta Cremosa de Frango com Queijo do Marajó

Ingredientes

Para o recheio:

  • 2 colheres (sopa) de azeite ou óleo
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho picados
  • 2 xícaras de frango cozido e desfiado
  • 1/2 xícara de molho de tomate
  • Sal e pimenta a gosto
  • Cheiro-verde a gosto

Para a massa:

  • 3 ovos
  • 1 xícara de leite
  • 1/2 xícara de óleo
  • 1 e 1/2 xícara de farinha de trigo
  • 1 colher (sopa) de amido de milho (opcional, deixa mais leve)
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
  • Sal a gosto (cerca de 1/2 colher de chá)
  • Queijo ralado para polvilhar (opcional)

Preparo

Prepare o recheio:

  • Em uma panela, aqueça o azeite e refogue a cebola até murchar. Adicione o alho e o frango desfiado.
  • Acrescente o molho de tomate, tempere com sal, pimenta e cheiro-verde. Refogue por alguns minutos até ficar bem sequinho e saboroso.
  • Desligue o fogo e reserve.

Prepare a massa:

  • No liquidificador, bata os ovos, o leite, o óleo e o sal.
  • Adicione a farinha e o amido de milho (se estiver usando) e bata até a mistura ficar homogênea.
  • Por último, acrescente o fermento e misture com uma colher ou pulse rapidamente.

Monte a torta:

  • Despeje metade da massa em uma forma untada e enfarinhada (forma média, retangular ou redonda).
  • Espalhe o recheio de frango sobre a massa.
  • Coloque colheradas generosas de Queijo do Marajó por cima do recheio (não precisa espalhar muito, ele derrete no forno).
  • Cubra com o restante da massa.
  • Se quiser, polvilhe queijo ralado por cima para gratinar.

Asse:

  • Leve ao forno preaquecido a 180 °C por cerca de 35 a 45 minutos, ou até a torta estar dourada e firme ao toque..
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